Perdi-me algures em nome do amor,
de uma maneira que não engana,
como tal sucumbo aos gritos de dor,
que a minha pobre alma emana,
que liberdade é esta que possuo,
que me mantém condicionado,
que me faz avançar quando no recuo,
deveria ser o mais acertado,
deixai-me cortar as amarras,
que me prendem a vontade,
deixai-me fugir das garras,
que me separam da liberdade,
já tenho a voz bem rouca,
de tanto andar a gritar,
grito de uma forma bem louca,
grito de tanto desesperar,
e apelo a quem estiver a ouvir,
com o poder de decisão,
ajudai-me por favor estou a pedir,
ajudai-me a superar esta situação,
então respiro este ar poluído,
que me corrompe de tão duro,
por favor acedam ao meu pedido,
deixai-me respirar ar puro...
Quando me beijas...
Fecho os olhos para não ver,
deixo-me guiar nesse momento,
sinto-me todo a tremer,
e quase muito quase que rebento.
Quando me beijas...
esqueço-me totalmente quem sou,
perco toda a noção do tempo,
sinto que o teu beijo limpou,
tudo o que tinha no pensamento.
Quando me beijas...
dás vida ao meu coração,
que quase parece explodir,
pois tal é a sensação,
que o pobre fica a sentir.
Quando me beijas...
alimentas a minha alma,
sacias o seu desejo,
me transmites muita calma,
e tudo vem do teu beijo.
Quando me beijas...
alimentas o meu amor,
nas fornalhas da paixão,
dás á vida outro valor,
aqueces o meu coração....
Observo os pequenos traços que me definem,
na ãnsia de me tornar a encontrar,
procuro por amigos que me ensinem,
a melhor maneira de me ajudar,
não quero desvendar nenhum segredo,
nem tão pouco realizar nenhumas proezas,
quero sim é enfrentar este meu medo,
que me consome totalmente de incertezas,
quero-me erguer de novo confiante,
a este mundo que me rodeia,
e este desejo tão importante,
tem que ser mais que uma ideia,
tento então dar esse grande passo,
na tentativa de me valorizar,
tento ser mais forte que o aço,
para tentar de uma vez me afirmar,
quando finalmente acreditar em mim,
e que isso em breve possa suceder,
saberei que finalmente chegou ao fim,
e não terei mais que sofrer....
E sofro então no silêncio absoluto,
distanciado de toda a gente,
e nesta batalha onde eu luto,
sinto-me a morrer lentamente,
por cada lágrima derramada,
vou perdendo parte de mim,
aos poucos vai sendo arrancada,
esta dor que não tem fim,
sinto-me totalmente de mãos atadas,
e sem saber ao certo como reagir,
pois todas as opções por mim tomadas,
não me dão muitos motivos para sorrir,
por cada pulsar do meu coração,
ouço o teu nome a ser chamado,
e sei que no fundo tu és a razão,
por ele se encontrar tão magoado,
mas a vida é mesmo assim,
e esta tem que continuar,
e por mais que te queira junto a mim,
a tua decisão tenho que aceitar....
Virão dias de calor,
onde o sol reinará todo dia,
virão dias de fervor,
repletos de pura magia,
virão dias de frio,
que me gelarão o corpo inteiro,
virão dias em que no rio,
para passar só de barqueiro,
virão dias de ventos e tempestades,
que assolarão toda a natureza,
virão dias de mentiras e verdades,
que criarão muita incerteza,
mas por mais dias que virão,
das suas diversas formas de existência,
permanecerás por certo no meu coração,
ocupando um espaço de excelência...
De repente a luz esmoreceu,
refugiou-se em qualquer canto,
e enquanto o dia se escondeu,
a noite traz o seu encanto,
e então se vê a lua,
que consoante o seu tamanho,
ilumina toda a rua,
e pinta um belo desenho,
inspira todos os apaixonados,
cria climas de magia,
vê-se amor por todos os lados,
que dura até ser dia,
e hoje inspira a minha escrita,
nestes traços que aqui escrevo,
e borro de forma encripta,
quando sei que não devo,
mas hoje decidi-me por fim,
talvez por influencia da lua,
as palavras que me disse a mim,
é que a vida continua,
se apenas lhe ficou a amizade,
como ela a mim afirmou,
vou encarar esta realidade,
e aceitar que para ela acabou,
não tenho mais meios de lutar,
e é uma posição já definida,
talvez no futuro possa-te encontrar,
e voltares a fazer parte da minha vida...
Como queria tanto escrever alegria,
mas estou rodeado de tristeza,
e tudo o que penso é porcaria,
e já nem penso com clareza,
encontro-me a passar uma fase,
na qual escondo o meu sorriso,
e ás vezes penso que por muito quase,
alcanço tudo o que preciso,
mas fico então na ilusão,
e saio como é obvio iludido,
e depois vem mais uma decepção,
que me deixa ainda mais ferido,
esta será por certo a minha sina,
que me faz transbordar amargura,
tanta dor que a mim se destina,
na sua forma mais pura,
sinto-me a perder a autoconfiança,
de tanto bater nas paredes,
está-se me a esgotar a esperança,
e este fundo não tem redes,
eu sei que tenho que acreditar,
tenho que levantar a minha estima,
mas juro que muito está-me a custar,
e quase tudo me desanima.
A minha vida é um livro aberto,
na qual escrevo todo o dia,
tento revelar tudo certo,
da realidade á pura fantasia,
continuo escrevendo a minha história,
revelando parte de mim na escrita,
escrevo tudo o que me vai na memória,
e em tudo aquilo que a minha pessoa acredita,
admito que fantasio um pouco,
mas isso faz parte dum poeta,
que por vezes escreve feito louco,
mas sempre tudo na medida certa,
então procuro uma luz no horizonte,
que ilumine o meu caminho,
procuro alguém que me conte,
o segredo para não ficar sozinho,
preciso desse conselho generoso,
pelo qual eu me possa guiar,
encontro-me por certo ansioso,
mas outra coisa não se poderia esperar,
pois trata-se apenas da minha vida,
e uma decisão de como hei-de viver,
e essa decisão tão por mim apetecida,
vai ser um desafio que tenho que vencer.
Eis-me de novo na encruzilhada,
como vim de novo aqui parar,
apanhei de novo a estrada errada,
e voltei de novo ao mesmo lugar,
será porventura isto um sinal,
que qual for a nossa vontade,
pode não ter a força afinal,
para nos dar total liberdade,
percorri um caminho iludido,
que iria conseguir triunfar,
mas deverei ter-me esquecido,
que muito teria de mudar,
não quis abdicar do meu passado,
devido á minha veia de lutador,
quis e quero ser amado,
com a qual sinto amor,
e cá espero pacientemente,
pois nada mais posso fazer,
e espero que do amor a sua semente,
volte de novo para ela a crescer,
que me venha florir a vida,
como outrora já o fez,
e que sare esta ferida,
e tudo isso de uma vez,
e esta tristeza que carrego,
é sinal que estou vivo,
estou a sofrer não o nego,
mas é por ela que sobrevivo,
pois no decorrer de uma guerra,
são travadas muitas batalhas,
e espero pelo meu triunfo cá na terra,
tentando não dar muitas falhas,
e com algumas derrotas á mistura,
aguardo paciente pela vitória,
e sei que no meio desta loucura,
eu me debato com glória...
Hum que bom é o teu beijo,
portador de um certo sabor,
ai meu Deus como o desejo,
ai meu Deus isto é amor,
tem um sabor a chocolate,
que me agrada o paladar,
faz-me sempre um xeque-mate,
no momento em que te beijar,
deixa um gosto inesquecível,
que dura tempos sem fim,
é um beijo de outro nível,
ai os meus não são assim,
nem consegues imaginar,
o poder que eles tem,
fazem-me sempre delirar,
e não pensar em mais ninguém,
é tão forte este sentimento,
que me cria tanto desejo,
o que mais quero neste momento,
é apenas o teu beijo...
Sob o efeito da lua,
mal ameaçava nascer o dia,
te despi e deixei-te nua,
ao tirar-te o véu que te cobria,
e linda lá estavas tu,
deitada naquela cama macia,
contemplei-te a olho nú,
envolto num clima de magia,
e no meio daquele sossego,
te sussurrei ao teu ouvido,
contei-te apenas um segredo,
que guardava aqui comigo,
e num momento de ousadia,
ao de leve te toquei,
e então aconteceu o que mais temia,
de repente acordei...
Chega...
quero tanto gritar ao mundo,
esta ânsia de liberdade,
dar um grito bem profundo,
acordar para a realidade,
dar um passo sem receio,
arriscar mais sem nenhum medo,
procurar viver por qualquer meio,
criar o meu próprio enredo,
chega de tristeza em meu redor,
chega de viver de lamentos,
chega de sentir apenas dor,
chega desses maus momentos,
estou aqui perante o mundo,
quero criar o meu caminho,
quero viver tudo ao segundo,
mas não o posso fazer sozinho,
então chega mais de sofrer assim,
pois vou á luta e vou lutar,
enquanto houver esperança em mim,
no triunfo vou acreditar.
Sinto-me só e incompleto,
e isso reflecte-se no meu olhar,
dum jeito triste e modesto,
que não sabe como enganar,
perdi o brilho que brilhava,
que transparecia a minha alma,
brilho esse que me cativava,
e que me transmitia muita calma,
mostrava a quantidade de alegria,
que existia no meu ser,
e que a partir de certo dia,
começou a desaparecer,
sinto ter de mudar,
para de novo tentar viver,
mas continuo a me agarrar,
á esperança de te ter,
só o tempo o virá a afirmar,
se as escolhas foram acertadas,
e quando a verdade se revelar,
tudo isto serão águas passadas,
procuro no horizonte um sinal,
que me indique o tal caminho,
para que quando chegar ao final,
não tiver que permanecer sozinho.